a Pia Operária da Imaculada
Conceição, com a profissão dos “conselhos evangélicos ” está consagrada a Deus por um título
especial ao serviço de Deus e da Igreja e é chamada a continuar no mundo a missão de Cristo e de
Maria. Como educadoras, se empenham em serem fervorosas e exemplares no serviço de Deus e de
Maria Imaculada, ajudando caridosamente ao próximo numa vida escondida com Cristo em Deus.
A missão da Pia Operária brota de um coração que se deixa tocar pela graça de Deus. É
através da oração pessoal e comunitária, que as irmãs animam e desenvolvem sua missão “na intima
união com Cristo”.
A nossa atividade é de natureza apostólica e caritativa.
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A alegria é fruto do Espírito Santo, não um opcional na vida do cristão. Precisamos trabalhar para adquirir este fruto a partir da abertura a quem o produz: o Espírito Santo. Os frutos devem fazer parte da nossa vida. São Paulo na carta aos Gálatas se expressa: “o fruto do Esírito é caridade, alegria, paz, paciênica, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança.” O venerável Francisco Antonio Marcucci demonstrou ao longo de toda a sua vida uma abertura grandíssima à ação do Espírito Santo, tomou posse da Palavra de Deus e, dócil ao seu Espírito, confirmou a sua união com Ele a partir da produção e aperfeiçoamento dos seus frutos
A ALEGRIA NA VIDA DO MARCUCCI - “Viva Jesus, alegria do nosso coração!”
Desde 1740 o jovem Francisco Antônio Marcucci apresentava a alegria como “virtude inseparável da santidade” . Costumava dizer que a alegria é filha da mansidão , é o que torna a alma mais corajosa e disponível daquele que se coloca a serviço de Deus, e por isso capaz de “tornar a santidade uma realidade mais desejável e próxima dos homens.”
À virtude da alegria une-se o encanto de um rosto sereno e jovial, capaz de enamorar o coração de quem dele se aproxima. Deus mesmo exorta os seus servos a “viver com alegria” , mas com uma alegria, nos diz Marcucci, que é ao mesmo tempo “composta, santa, benígna e caridosa, e não alterada ou ridícula.”
Além do mais, o nosso fundador Marcucci estima muito a jovialidade que brota do rosto de quem serve a Deus na serenidade e despreza a ‘pseudo alegria’ que se esprime em brincadeiras vazias e frívolas que dispersam o coração.
Porém, não basta estar atento para não ser melancólico, é preciso mais. É preciso querer que todos aqueles que nos rodeiam sejam também alegres, assim como nós o somos. Esta é uma das máximas que o Marcucci aprendeu desde a sua juventude. Aliás, apreciando esta máxima primeiramente nos santos que, sem tantos rodeios, testemunharam a eficácia da alegria, Marcucci resolveu adotá-la graciosamente como prática do dia a dia e começou então a repetir a todos que encontrava, sem jamais cansar: “Seja alegre!”
OS PASSOS PARA ADQUIRIR A ALEGRIA
No seu caminho espiritual Marcucci propõe-se quatro meios para adquirir a Santa alegria. O primeiro é agir sempre bem, e cuidar para não cair em uma vida de pecado, de afastamento de Deus; o segundo é a oração; o terceiro consiste na prática da liberdade de espírito, e o quarto e último meio é acreditar que estamos neste mundo para servir a um Deus que é Bondade.
AGIR SEMPRE BEMO primeiro meio é muito claro e consiste em lutar contra uma vida de pecado e empenhar-se a fazer tudo para o bem. Este meio consiste em caminhar rumo a uma vida de conversão contínua, na humildade e no reconhecimento dos próprios erros. A conversão é um dom e eu posso aceitar este convite de Deus, ou simplesmente rejeitar e decidir por abraçar o pecado. Decidindo-me pela conversão é necessário empenhar-me a fazer tudo com espírito alegre, constante e perseverante, enquanto estivermos vivos, pois o Espírito Santo diz que “o temor do Senhor alegrará o coração, e dará alegria, felicidade e longos dias.”
A conversão é um movimento interior impulsionado pelo Espírito e aceito pela pessoa; esta moção cria comunhão com Deus e com o próximo e é sinal da vivência radical do Batismo.
As condições necessárias para a conversão são o encontro consigo mesmo, o silêncio e a honestidade em assumir o próprio pecado.
É um momento de graça abrir-se para acolher os “apelos do Espírito” que levam à conversão. É natural sentir-se insatisfeitos consigo mesmos quando se faz experiência da própria infidelidade e fragilidade, diante da aliança do Batismo. Esta insatisfação pode ser procovada pelo próprio Espírito Santo que fala dentro da pessoa, que busca uma vida de santidade, aquela Verdade que liberta. É importante, porém, acolher esta verdade e dar passos concretos para além de si mesmo: fazer o bem ao outro tornar-se-á então, uma opção de vida que alegrará o coração.
ORAR ININTERRUPTAMENTEO segundo meio para adquirir a virtude da alegria é a oração. Através do canal da meditação o Espírito Consolador faz dom da alegria que preenche a alma do suave desejo de fazer sempre e em qualquer lugar a vontade de Deus. Experimentar a alegria na oração não significa gozar ou sentir uma determinada emoção ou sentimento. Marcucci exorta aos que oram a distinguir entre o exercício da fé e o gozo da fé, pois, uma coisa é “exercitar a Fé, ou seja, professá-la sincera, interna e externamente, e outra é gozar a Fé, ou seja, experimentar um gozo espiritual, um sentimento ou uma consolação sensível. O primeiro é necessário, mas o segundo não.”
Marcucci exorta a refletir que o que faz dissolver em nada “o fruto da oração é o dispersar-se do nosso espírito”, ou seja a distração. Ele nos convida a reparar estas distrações ao longo do dia com gestos frequentes de “recolhimento espiritual em Deus.”
CULTIVAR A LIBERDADE DE ESPÍRITOO terceiro meio consiste em praticar a liberdade de espírito fundamentada no “desapego do coração de todas as coisas, e apego total à vontade de Deus.” Para aproximar-se a este grau de desapego que leva à verdadeira liberdade de espírito é necessário, entre outras coisas, amar muito a oração, ser assíduo na frequencia dos sacramentos e praticar obras de caridade.
Devemos buscar de coração todas estas coisas, mas não a ponto de sentir-nos perdidos quando Deus nos pedir alguma outra coisa. A propósito, Marcucci escreve:
“Ainda, devemos amar nossos empregados, parentes, amigos, ou seja, o nosso próximo, como também, amar a nossa saúde corporal e cuidar dos nossos bens temporais, sem dissipá-los. Sim, devemos amar estas coisas, porque amadas e queridas por Deus. Mas devemos estar desapegados delas com o coração, pois se Deus assim o quisesse, e nos privasse de todas elas, fôssemos capazes de ficar em paz, e mesmo que sentíssemos a dor do desapego, estaríamos prontos, com a força da vontade, a dizer com o santo Jó: Nu saí do ventre de minha mãe, e nu voltarei para lá. O Senhor o deu, o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor.”
A aceitação alegre das situações quotidianas é um princípio fundamental da vida cristã, aliás, é o único princípio que nos faz criativos e portadores dos frutos da vida cristã. O cirstão deve ser alegre, isto é para ele um dever!
SERVIR A DEUS BONDADEO quarto meio se baseia na máxima fundamental da vida do cristão: “Deus é clemência, é misericórdia.” Deus quer que o tenhamos por “Pai, e Pai piedoso e cheio de compaixão pelas nossas fraquezas.” Estes são os fundamentos infalíveis da nossa alegria e confiança em Deus: a sua onipotência, misericórdia e fidelidade.
“Deus é Onipotente, portanto, pode fazer-nos todo o Bem: é infinitamente Misericordioso e Bom, e, por isso, é digno de Fé. E devemos acreditar - cegamente - que Ele quer fazer-nos o Bem. Ele é também fidelíssimo em cumprir suas promessas que jamais há de faltar. Estes três fundamentos deveriam imprimir no coração do cristão a confiança e a alegria.”
Por isso o verdadeiro cristão deve procurar a alegria com empenho sem dar-se por vencido até encontrá-la. Alegria e amor caminham juntos. Quem não ama não pode ser alegre, pois a alegria cristã é um efeito do amor, e a fonte do amor é Deus. Este conceito é indispensável e fundamental e nos revela porque tantas pessoas procuram a alegria e não a encontram. É Deus mesmo que nos pede isso através da Sua Palavra. Em Mateus 5,12 nos diz: “Exultai e alegrai-vos, porque é grande a vossa alegria nos céus.”
Marcucci deseja a nós a alegria que nasce no coração e se expressa no rosto e no corpo através dos gestos e das ações que praticamos. Nosso dever como cristãos é fazer a vontade de Deus com espírito alegre e com rosto jovial. Marcucci nos deseja uma alegria forte, perseverante e imutável em qualquer situação, na solidão ou em companhia, na prosperidade ou adversidade… a alegria pertence a Deus. Somente este modo de viver a alegria atrairá muitos corações ao Senhor.
A alegria brota da certeza de ser herdeiros da promessa de Jesus: “Vou ao Pai e vos enviarei o Espírito” e ninguém, ou nada, poderá tirar-nos a alegria. O Paráclito é o espírito da alegria de pertencer a Deus, uma alegria plena que dá sentido à vida.
Sejamos alegres como nos recomenda o nosso amado Marcucci e percorramos com fé a estrada do santo amor; trabalhemos e soframos por amor, a fim de que toda a nossa vida seja regida pelo Santo e Sumo Amor.
Maria mãe e modelo!
Bíblia Sagrada
Jesus Te Chama
Jesus Cristo continua chamando pessoas para seguí-lo na Missão da Igreja.